Por: Lucas Tolentino Editor: Marco Moreira |
Medidas de adaptação às mudanças climáticas serão discutidas pelo Brasil
com a comunidade internacional. Encontro que ocorre entre esta quarta
(01/07) e quinta-feira (02/07), no Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
reúne representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e de órgãos
ambientais de outros oito países para estabelecer ações domésticas em
áreas como combate à desertificação, segurança alimentar e agricultura.
Essa será a segunda reunião do Comitê da Rede Global para Planos
Nacionais de Adaptação, criado, no fim do ano passado, na 20ª
Conferência das Partes (COP 20) da Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudanças do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), em Lima, capital
peruana. Além do Brasil, o comitê é integrado por especialistas da
Alemanha, Malawi, Jamaica, Filipinas, África do Sul, Togo, Reino Unido e
Estados Unidos.
USO SUSTENTÁVEL
No Brasil, o Plano Nacional de Adaptação às Mudanças do Clima está em
fase de elaboração, sob a coordenação do MMA. O documento deverá ser
colocado em consulta pública em breve e deverá prever ações de uso
sustentável da fauna e da flora brasileiras no combate aos prejuízos
causados pelo aquecimento global. A expectativa é que as contribuições
enviadas pela sociedade sejam analisadas até o fim do ano e que o Plano
fique pronto no primeiro semestre de 2016.
Ações de adaptação se referem a iniciativas e medidas capazes de reduzir
a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos
atuais e esperados da mudança do clima. Ou seja, é uma forma de resposta
para lidar com possíveis impactos e explorar eventuais oportunidades. A
elaboração de uma estratégia de adaptação envolve, entre outras coisas,
a identificação da exposição a esses impactos com base em projeções e
cenários climáticos.
SAIBA MAIS
Apesar de considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sido
intensificado nas últimas décadas e, com isso, gerado mudanças
climáticas. Essas alterações resultam do aumento descontrolado das
emissões de gases como o dióxido de carbono e o metano. A liberação
dessas substâncias é consequência de diversas atividades humanas, entre
elas o transporte urbano, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a
geração e o consumo de energia.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente