Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, dia 1º, a
Diretora-Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Dr. Margaret Chan,
declarou que o Zika vírus é Emergência de Saúde Pública de Relevância
Internacional.
Desde 2007, quando as novas Regulamentações Internacionais de Saúde entraram em vigor, somente em três vezes esse status foi declarado (ebola, H1N1 e pólio).
Nas Américas do Sul e Central, 24 países já reportaram casos de Zika vírus. A preocupação da OMS é que, se medidas preventivas rápidas de combate ao mosquito não forem adotadas, a doença se propague mundialmente.
Confira a íntegra do comunicado divulgado pela Dr. Margaret Chan:
Eu convoquei um Comitê de Emergência, de acordo com as Regulamentações Internacionais de Saúde, para reunir informações sobre a gravidade de ameaça à saúde associada à propagação do Zika vírus na América Latina e Caribe. O Comitê reuniu-se hoje por teleconferência.
Ao avaliar o nível de ameaça, 18 especialistas e conselheiros se concentraram, em particular, na forte associação entre a infecção pelo Zika vírus e o aumento dos casos de má-formação congênita e complicações neurológicas.
Os especialistas concordam que a relação causal entre a infeccção pelo Zika durante a gravidez e a microcefalia é muito provável, apesar de ainda não cientificamente comprovada. Todos são unânimes ao determinar a urgência em coordenar esforços internacionais para investigar e entender melhor essa relação.
Os especialistas também analisaram os padrões recentes de propagação e distribuição geográfica do mosquito transmissor do vírus.
A ausência de vacinas e de testes de diagnóstico rápidos e confiáveis, além da falta de imunidade em populações de países recentemente afetados também foram citados como razões de preocupação.
Após uma análise das evidências, o Comitê afirmou que os recentes casos de microcefalia e outros distúrbios neurológicos ocorridos no Brasil, em sequência a casos similares registrados na Polinésia Francesa em 2014, constituem um "acontecimento extraordinário" e uma ameaça à saúde pública para outras partes do mundo.
Na visão deles, é necessária uma ação coordenada internacional para minimizar a ameaça nos países afetados e reduzir os riscos de uma disseminação mundial.
Membros do Comitê concordaram que a situação se encaixa nos parâmetros de uma Emergência de Saúde Pública de Relevância Internacional.
Eu aceitei o conselho.
Estou agora declarando que os recentes casos de microcefalia e outros distúrbios neurológicos ocorridos no Brasil, em sequência a casos similares registrados na Polinésia Francesa em 2014, constituem uma Emergência de Saúde Pública de Relevância Internacional.
Um esforço conjunto é necessário para ampliar o monitoramento, o diagnóstico de contaminações, malformações congênitas e complicações neurológicas, para intensificar o controle da população de mosquitos e para acelerar o desenvolvimento de testes e vacinas para proteger as pessoas, especialmente durante a gravidez.
O Comitê não encontrou nenhuma justificativa para restrições a viagens ou transações comerciais para prevenir a propagação do Zika vírus.
No momento, as medidas protetivas mais importantes são o controle do vetor e a prevenção para grupos de risco, especialmente grávidas.
Desde 2007, quando as novas Regulamentações Internacionais de Saúde entraram em vigor, somente em três vezes esse status foi declarado (ebola, H1N1 e pólio).
Nas Américas do Sul e Central, 24 países já reportaram casos de Zika vírus. A preocupação da OMS é que, se medidas preventivas rápidas de combate ao mosquito não forem adotadas, a doença se propague mundialmente.
Confira a íntegra do comunicado divulgado pela Dr. Margaret Chan:
Eu convoquei um Comitê de Emergência, de acordo com as Regulamentações Internacionais de Saúde, para reunir informações sobre a gravidade de ameaça à saúde associada à propagação do Zika vírus na América Latina e Caribe. O Comitê reuniu-se hoje por teleconferência.
Ao avaliar o nível de ameaça, 18 especialistas e conselheiros se concentraram, em particular, na forte associação entre a infecção pelo Zika vírus e o aumento dos casos de má-formação congênita e complicações neurológicas.
Os especialistas concordam que a relação causal entre a infeccção pelo Zika durante a gravidez e a microcefalia é muito provável, apesar de ainda não cientificamente comprovada. Todos são unânimes ao determinar a urgência em coordenar esforços internacionais para investigar e entender melhor essa relação.
Os especialistas também analisaram os padrões recentes de propagação e distribuição geográfica do mosquito transmissor do vírus.
A ausência de vacinas e de testes de diagnóstico rápidos e confiáveis, além da falta de imunidade em populações de países recentemente afetados também foram citados como razões de preocupação.
Após uma análise das evidências, o Comitê afirmou que os recentes casos de microcefalia e outros distúrbios neurológicos ocorridos no Brasil, em sequência a casos similares registrados na Polinésia Francesa em 2014, constituem um "acontecimento extraordinário" e uma ameaça à saúde pública para outras partes do mundo.
Na visão deles, é necessária uma ação coordenada internacional para minimizar a ameaça nos países afetados e reduzir os riscos de uma disseminação mundial.
Membros do Comitê concordaram que a situação se encaixa nos parâmetros de uma Emergência de Saúde Pública de Relevância Internacional.
Eu aceitei o conselho.
Estou agora declarando que os recentes casos de microcefalia e outros distúrbios neurológicos ocorridos no Brasil, em sequência a casos similares registrados na Polinésia Francesa em 2014, constituem uma Emergência de Saúde Pública de Relevância Internacional.
Um esforço conjunto é necessário para ampliar o monitoramento, o diagnóstico de contaminações, malformações congênitas e complicações neurológicas, para intensificar o controle da população de mosquitos e para acelerar o desenvolvimento de testes e vacinas para proteger as pessoas, especialmente durante a gravidez.
O Comitê não encontrou nenhuma justificativa para restrições a viagens ou transações comerciais para prevenir a propagação do Zika vírus.
No momento, as medidas protetivas mais importantes são o controle do vetor e a prevenção para grupos de risco, especialmente grávidas.