Ibama suspende visitação ao Zoológico do Rio


O Ibama embargou na manhã desta quinta-feira (14/01) o acesso de visitantes ao Zoológico do Rio de Janeiro. O instituto aplicou multa diária de R$ 1 mil contra a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Smac), à qual a Fundação Rio Zoo está subordinada, até que o órgão realize a adequação ambiental do parque.

De acordo com a norma que regulamenta o setor, os zoológicos devem cumprir funções sociais, educacionais, científicas e de conservação das espécies animais que justifiquem a sua existência. Segundo o Ibama, o Zoológico do Rio, apesar de no passado ter sido pioneiro na reprodução de espécies ameaçadas de extinção, como as ararajubas, hoje não tem mais condições de receber o público.

 “Na situação em que se encontra, o Zoológico do Rio não cumpre mais seu papel de educação ambiental e não promove o respeito aos animais. A visitação ao parque não é mais uma experiência positiva para as crianças e a população em geral”, disse o chefe do Núcleo de Fiscalização do Ibama no Rio de Janeiro, Vinícius Modesto de Oliveira.


O embargo do Ibama não significa o fechamento definitivo do zoológico. A Fundação Rio Zoo deverá continuar realizando a gestão adequada do plantel até que as irregularidades sejam sanadas. Isso inclui manter os animais com alimentação adequada, em recintos limpos e enriquecidos ambientalmente, que favoreçam a manifestação do comportamento característico de cada espécie.

A multa diária é a segunda sanção aplicada pelo Ibama à Smac. Em outubro de 2015, a secretaria de meio ambiente foi autuada em R$ 1 milhão por não cumprir uma notificação para iniciar as obras de reforma no Zoológico do Rio até agosto daquele ano.

Uma outra notificação foi emitida, em novembro de 2015, com novo prazo para a realização das obras de adequação ambiental, expirado no fim do ano passado.

O Ibama encontra irregularidades no Zoológico do Rio desde 2012. A Fundação Rio Zoo tem sido notificada a se adequar, principalmente em relação à densidade populacional nas instalações, e a realizar obras estruturais urgentes, além de corrigir a ambientação inadequada. Os principais problemas foram identificados nos recintos denominados “Viveirão”, “Corredor de Fauna”, “Extra” e “Núcleos de Reprodução”.

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