Na Sibéria remota e gelada, corpos de
antigos animais extintos são encontrados frequentemente preservados
dentro de permafrost, desde mamutes a cavalos antigos. Essas carcaças
são tão bem preservadas que alguns relatórios sugerem que a carne fresca
é muitas vezes boa para comer, e pode até conter sangue líquido. Em
outra descoberta impressionante, o Siberian Times informa a descoberta
“sensacional” de dois filhotes de leão preservados em uma caverna.
Acredita-se
que os leões tenham 10.000 anos de idade, e foram encontrados no início
deste verão em Sakha, na Sibéria, famosa por muitas outras descobertas
surpreendentes de animais da era do gelo. As criaturas viveram durante o
Pleistoceno, quando o mundo era tomado por repetidas eras do gelo e
expansão e contração de geleiras. Tudo o que já havia sido encontrado de
leões na área era apenas alguns crânios e fragmentos de dentes e ossos.
Os
leões em questão – facilmente os melhores preservados já descobertos –
são provavelmente da espécie Panthera spelaea, popularmente conhecida
como leão-da-caverna, que estava entre as maiores espécies de leões que
já viveu, com uma altura de 1,2 metros. Eles perseguiam os pastos,
derrubavam renas, cavalos, e possivelmente até mesmo jovens mamutes com
que compartilhavam a paisagem. Por que eles desapareceram é um pouco
menos certo, mas talvez conforme suas presas diminuíram, devido a uma
combinação das alterações climáticas e caça humana, eles já não eram
capazes de sobreviver no frio do norte da Europa.
Os
filhotes foram submetidos a um estudo preliminar, e os resultados serão
apresentados no final de novembro na cidade siberiana de Yakutia. Eles
serão mostrados juntamente com toda uma série de outras amostras
escavadas no permafrost na região, incluindo mamutes, rinocerontes
lanudos e antigo bisões. Enquanto eles anunciaram que os espécimes
estão livres de certas infecções microbianas, como o antraz mortal,
todos os outros detalhes significativos e imagens dos achados estão
sendo muito bem guardadas. [IFLScience]