São animais invertebrados exclusivamente marinhos caracterizados por sua simetria radial na fase adulta. Podem ser encontrados em quase todos os ambientes marinhos desde as regiões polares até as equatoriais, da zona intermarés a profundidades superiores a 5.000 m. Uma das principais características do grupo é o sistema vascular aquífero, que movimenta os seus pés ambulacrais.
Nos equinodermos destaca-se a presença de um esqueleto interno composto por placas de calcita cristalina, algumas muito pequenas, que quando desarticuladas são encontradas no material micropaleontológico. Os equinodermos, especialmente os crinóides, principalmente aqueles compostos por placas esqueletais mais resistentes, são um dos principais componentes bioclásticos dos carbonatos detríticos.
Há registro fóssil de equinodermos desde o Cambriano até o Recente.
EQUINÓIDES
Fazem parte desse grupo os ouriços e as bolachas-do-mar. Em geral, apresentam um esqueleto globular ou achatado. Os ouriços apresentam o corpo revestido por espinhos, que atuam na locomoção, mas também têm função de defesa. Placas calcárias isoladas e espinhos de ouriços fazem parte dos materiais atribuídos a microfósseis. Seu registro fossilífero vai do Ordovicianoao Recente.
ASTERÓIDES
Os asteróides ("estrelas-do-mar") são organismos cujo esqueleto é constituído por vária palcas calcáreas fracamente interconectadas, de maneira que, com a morte do animal, ele é facilmente desagregado, tornando-o parte dos microf&ósseis.
São animais carnívoros, ativos predadores de ouriços-do-mar, pólipos de corais, moluscos e mesmo de outros asteróides. Também abrem facilmente a concha de alguns bivalves com a força de seus pés ambulacrais.
Ocorrem desde o Ordoviciano até o Recente.
CRINÓIDES
São equinodermos suspensívoros, ou seja, que se alimentam através de material em suspensão na água.
Também conhecidos como lírios do mar, foram abundantes nos mares do Paleozóico, onde viviam fixos ao fundo do mar por uma coluna flexível, podendo atingir até 21 m de comprimento. Hoje existe um grande número de espécies, mas são bem menos numerosos do que no passado.
Ocorrem desde o Ordoviciano até o Recente.
Referências
Livro digital de paleontologia :A paleontologia na sala de aula, Cristina Silveira Vega, Eliseu Vieira Dias.
Leituras recomendadas:
SOUZA-LIMA, W;. Equinodermas. In: CARVALHO, I.S. (ed) Paleontologia. Rio de Janeiro: Interciência, 2004. p.675-700.
SOUZA-LIMA, W; MANSO,C.L.C Os fósseis da bacia de Sergipe-Alagoas: Os Crinóides e Asteróides. Phoenix, n.22, 2000.
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